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A - 1 Resfriados
e gripes (considerações gerais).
Resfriados e gripes são provocados por vírus que são parasitas intracelulares obrigatórios, isto é, dependem das células vivas para se multiplicarem e são bem menores do que as bactérias. Os vírus são cerca de cem vezes menores do que as bactérias e não chegam a constituir uma célula como
estas. Eles são formados apenas por um ácido nucleico envolto por uma cápsula de proteína e alguns biólogos
nem os consideram um ser vivo, pois estes só se comportam como tal quando estão no interior das células. Os menores vírus medem cerca de 10 a 20 nanômetros (1nm=1 milhão de vezes menor do que Resfriados e gripes são causados por vírus diferentes, assim, os sintomas que causam no organismo também serão diferentes. A grande maioria dos resfriados é provocada pelos rhinovírus e pelos coronavirus, já a gripe é provocada pelos ortomixovirus da influenza dos tipos A, B ou C, sendo que os do tipo A é que provocam as epidemias e pandemias de gripe.
O rhinovírus (rhis=nariz), o mais comum de todos e responsável pela maioria dos resfriados possui, pelo menos,
115 sorotipos diferentes já identificados na natureza, daí a dificuldade em se produzir uma vacina contra o resfriado. Porém,
este vírus confere uma imunidade de mais de dois anos ao organismo e provavelmente, sua ação se restrinja às mucosas
das vias aéreas devido ao fato dele crescer melhor a Já o coronavirus, responsável por apenas 15% dos resfriados, possui somente dois sorotipos,
mas, em compensação, confere uma imunidade de apenas um ano. Como dissemos, o vírus da gripe possui 3 sorotipos básicos identificados, permitindo,
assim, a confecção de vacinas feitas de vírus já mortos e que funcionam como antígenos, provocam a formação de anticorpos
(elementos de defesa) no organismo; por isso existem vacinas para a gripe e não para o resfriado. A- 1.2
Sintomas do resfriado (após o vírus ter
penetrado a membrana mucosa): Os sintomas do resfriado são bem mais brandos do que os da gripe e se localizam principalmente no nariz e na garganta. A grande maioria dos resfriados começa pela garganta, passando inicialmente à narina correspondente do lado da garganta afetada. Às vezes, o resfriado é tão fraco que congestiona apenas uma das narinas, mas geralmente ambas acabam
sendo comprometidas, a não ser que você faça a Reversão (técnica nº3). Portanto, ao sentir um ponto na garganta ou esta arranhar, procure se precaver logo, principalmente com a técnica nº3 da Reversão: cortando de imediato o frio, agasalhando-se mais, evitando e afastando-se das intempéries climáticas e das causas ambientais. Aplique também a técnica nº
No resfriado, a febre, quando existe, geralmente é baixa, mas pode chegar aos 38°C ou um pouco mais, principalmente
durante o período inicial, por isso, ficamos também muito mais sensíveis ao frio, como na gripe.
Os resfriados duram de A técnica n°1 da exposição da garganta ao sol debela o problema acima,
dispensando os antibióticos ou ajudando a sua ação, mas atenção: esta técnica, como já enfatizamos, só deve ser
usada para combater o catarro residual no final da infecção e com a garganta já recuperada, não mais inflamada. A- 1.3 Sintomas da gripe (após o vírus ter penetrado a membrana mucosa).
São bem mais fortes do que os do resfriado e se estendem pelo corpo todo, provocando prostração, abatimento, sensação
de mal estar geral, dores musculares e algumas vezes, até dores abdominais, com vômitos e/ou diarréias. Nariz e garganta também
são atacados e a febre geralmente é muito alta, podendo chegar aos 40ºC, provocando calafrios, dor de cabeça, tosse e fraqueza.
A doença pode perdurar por mais de uma semana. As gripes, ao contrário dos resfriados, provocam epidemias na população, principalmente nos meses frios, porém podem ser evitadas por meio de vacinas, que devem ser aplicadas em: crianças, idosos, cardíacos, aidéticos, diabéticos, doentes renais, reumáticos, doentes pulmonares e nos agentes da saúde. Para facilitar a identificação rápida, se é uma gripe ou um resfriado, podemos resumir tudo nos 6 sintomas mais
importantes:
É importante também diferenciar os sintomas de uma gripe dos de uma amigdalite ou faringite, pois ambas provocam febre
alta. Nas amigdalites não há quase corrimento nasal ou catarro intenso, mas, geralmente, pontos brancos de pus na garganta. As amigdalites podem ser confundidas com as gripes, no entanto devem ser tratadas com antibióticos, pois são causadas por bactérias, ao contrário das gripes que são causadas por vírus. Para a antibioticoterapia no caso das amigdalites, recomendamos sempre consultar um médico. Porém, ambas as doenças podem ser, muitas vezes, evitadas com a técnica nº 3 da Reversão
associada à n°4 da Hiperventilação, se as mesmas forem aplicadas preventivamente, logo ao
início dos sintomas. Atenção: somente 20% das dores de garganta são causadas por bactérias, sendo a grande
maioria causada por resfriados e gripes, devendo-se então ter sempre o cuidado de não tomar antibióticos desnecessariamente,
principalmente as crianças, pelos efeitos colaterais destes. A Vacina é contra a contra gripe e não contra resfriados:
A vacina é um bom recurso preventivo contra a gripe, pois faz com que nosso organismo produza anticorpos contra alguns tipos de vírus da gripe. Contudo, ela não imuniza o organismo contra todos os vírus, conferindo apenas cerca de 50% de imunização; sendo assim, principalmente para os idosos, além da vacinação anual, estes devem ficar atentos e aplicar a técnica de nº 3 da Reversão logo aos primeiros sintomas.
Atenção: se você tomou a vacina, você só ficará imunizado para 50% dos casos de gripe e não do resfriado, que são provocados por outros tipos de vírus e portanto, continuará a ficar resfriado normalmente, como se nunca tivesse tomado a vacina. Como no Brasil se confunde muito resfriado com gripe, muitas pessoas acham que a vacina não surte efeito por esse motivo. De qualquer modo, mais uma razão para complementar a vacina com as nossas técnicas; neste caso, além de pegar menos gripes, pegará também menos resfriados. A complicação mais séria da gripe é a pneumonia, descrita mais adiante,
mas outras complicações podem surgir, principalmente nos cardíacos, hipertensos e portadores de problema renais. A- É importante lembrar novamente que você pode reverter a maior parte dos resfriados ou gripes iminentes, se estiver consciente dos sintomas iniciais e aplicar a técnica da Reversão, normalmente, associada também à Hiperventilação para combater as dores de garganta (veja as técnicas e o quadro geral). Isto é de grande proveito, principalmente
para os idosos, mais vulneráveis às complicações bacterianas.
Com a aplicação desta técnica, mesmo que o vírus acabe penetrando no organismo este, geralmente, atuará mais de forma mais branda e a fase infecciosa será mais fraca, não causando maiores transtornos. O paciente, com o tempo, estará cada vez mais consciente de quando e como aplicar as técnicas
e isto é muito importante para a identificação dos sintomas iniciais e do porquê conseguiu ou não reverter a infecção
iminente.
A- 1.5 Sintomas da iminência de um resfriado ou de uma gripe na Reversão. Queda da temperatura do corpo, mãos e pés frios, calafrios nas costas e na barriga e espirros fortes
e profundos. Isto pode ocorrer de forma repentina, principalmente no inverno ou mesmo no verão ou em outras estações, principalmente
na virada do tempo, na entrada de frentes frias. Aplique consciente e imediatamente a técnica n°3 e terá cerca de 80% de chances de
reverter o resfriado. É preciso enfatizar que, neste ponto, o vírus tendo adsorvido a mucosa, provavelmente alguma carga viral
conseguiu ultrapassar esta barreira e já consegue produzir alguns sintomas característicos da doença; frio,
espirros, queda de temperatura corporal; no entanto, tudo isso pode ser revertido pelo calor. Ademais,
temos sempre circulando no sangue células especiais, denominadas de “natural killers” que,
se ajudadas pelo calor, pelo equilíbrio elétrico do corpo e pelo afastamento dos fatores adversos
ambientais, poderão liquidar toda a carga viral. O vírus da gripe penetra a membrana das células da mucosa através do fenômeno de endocitose, ou seja,
a própria membrana celular engloba o vírus com seu capsídeo (ácido nucleico e capa protéica viral) para o interior da
célula, liberando depois, o material genético do vírus no núcleo celular. Se a técnica da Reversão térmica ou pelo calor, (aliada à Hiperventilação do nariz e da garganta) for
aplicada a tempo, o resfriado poderá ser revertido. A- 1.6 Conselhos importantes sobre resfriados e gripes e suas relações com
as nossas técnicas naturais. Caso não consiga reverter o resfriado ou a gripe e contraia a infecção, continue a se manter sempre aquecido,
isto é muito importante e tente repousar mais; ingira sucos de frutas naturais e evite o vento, o frio
e a umidade. Manter o calor é fundamental, tanto para prevenir quanto para curar e evitar as complicações bacterianas, como as pneumonias
e outras. Não adianta tomar remédios, antibióticos e se expor às intempéries sem agasalhos. Há registros de pessoas saudáveis e até muito fortes que contraíram um
resfriado ou uma gripe e faleceram de pneumonia dupla por mero descuido. Não pegamos mais resfriados no inverno ou nos dias mais frios pelo fato de ficarmos mais em aglomerados
em ambientes fechados, como é largamente preconizado, mas sim devido ao próprio frio e às instabilidades que favorecem as
infecções. Essa teoria foi criada para explicar o maior número de resfriados no inverno do que no verão, quando ainda se
acreditava que o frio não predispunha a essas doenças, porém, no calor do verão, os aglomerados, festivais etc. nada
causam a mais. Então, mais importante do que evitar aglomerados é se manter aquecido, pois é muito mais fácil pegar
resfriados estando isolado e no frio intenso da serra limpa do que aquecido
e portanto, protegido, na multidão contaminada. Gripes e resfriados são doenças do frio, mas podem ser predispostas por desequilíbrios
das mucosas também no verão e o nosso maior aliado contra elas não é somente o repouso, apesar deste ajudar, mas, principalmente,
a manutenção do calor corpóreo. O tempo estável e os dias ensolarados também ajudam não só a evitar essas doenças como também a curá-las
pela ação direta da radiação eletromagnética do sol na atmosfera, no solo, nos objetos e no próprio corpo. Por exemplo: já foi verificado que a parte da areia da que pega menos sol devido à sombra projetada dos prédios
nas praias contem uma quantidade de germes muito maior do que a parte que pega sol o dia todo. Em comunidades especiais e isoladas que vivem em locais muito secos e frios, como os esquimós, pode até existir
uma situação em que haja uma explosão de resfriados ou gripes durante o verão, como conseqüência das alterações climáticas
bruscas, associadas à presença de um novo vírus mutante na comunidade. Entretanto, em condições normais de temperatura e umidade
é sabido que o frio é o fator mais agressivo na quebra da resistência orgânica contra os vírus da gripe e do resfriado,
seguido das instabilidades climáticas. A sensibilidade aos fatores climáticos ou ambientais varia muito de pessoa a pessoa e existem pessoas mais
ou menos resistentes. Contudo, mesmo as mais resistentes acabam contraindo mais infecções ao se exporem às condições
ambientais adversas e muitas acabam se tornando mais cautelosas com a idade. O fato de estarmos ou não exercendo uma atividade física também é muito importante com relação aos fatores climáticos;
por exemplo: um goleiro estará sempre mais sujeito às instabilidades climáticas do que os jogadores da linha. Então, uma boa
maneira de não contrairmos infecções ao sermos surpreendidos pelo frio, chuvas ou outras intempéries é nos mantermos
sempre em atividade física, não ficando parados e aumentando assim o calor corpóreo. Os vírus da gripe e do resfriado são veiculados normalmente através do ar a partir de portadores assintomáticos ou
de pessoas já doentes, através de espirros ou da própria fala. Mas, podem também ser disseminados a partir de objetos
já contaminados e principalmente, pelas mãos. Por isso, é muito importante lavar sempre as mãos com sabonete, principalmente ao entrar em casa e antes das refeições. Crie este simples hábito em sua casa com seus filhos e estará evitando, além das infecções citadas,
outras doenças bacterianas e parasitárias perigosas. A- 1.7 A Febre. Após ter pego um resfriado ou uma gripe, a coisa mais importante a fazer é manter o calor do corpo e você vai sentir que o próprio organismo lhe pede isso, ao alterar a regulagem de seu “termostato” através do hipotálamo. Principalmente durante a gripe, você vai ficar muito sensível ao frio devido à febre alta, que é uma defesa do organismo para melhor combater o vírus com o calor do corpo. Por isso, a febre não deve ser muito evitada, a não ser quando passar dos 38.5ºC, para aliviar o mal estar geral e proteger o cérebro.
Paradoxalmente, no início da infecção viral temos observado que a temperatura do corpo pode estar mais baixa que a temperatura normal, que se situa em torno dos 36.7ºC. Normalmente, ela pode baixar até 36.3ºC, facilitando a penetração dos vírus nas células das mucosas e isto pode deve ser produzido pela própria ação do vírus. É exatamente nesse momento que deve ser aplicada a técnica nº 3 da Reversão. Não temos certeza, mas é possível que o próprio vírus produza inicialmente esta queda na temperatura, facilitando sua penetração nas mucosas, daí a técnica da Reversão térmica ser tão importante e eficaz neste momento. Depois, o calor deve ser mantido até que passe qualquer sensação de frio e comecemos a suar com o excesso de agasalhos ou procedimentos para fazer a reversão. A- 1.8 A Vitamina C.
Nenhuma vitamina ou mineral isolados são específicos para combater os vírus. Após ter contraído um resfriado, o ideal é ingerir bastante líquido, de preferência sucos de frutas para fluidificar as secreções e o catarro, a fim de que estes possam ser melhor eliminados e também para facilitar a movimentação dos cílios da mucosa. O mineral zinco isolado também não demonstrou ter qualquer eficácia contra resfriados e gripes.
Ao invés de tomar doses elevadas de vitamina C artificial, que contém somente a vitamina, é preferível tomar um suco de acerola ou de laranja, pois estes contém outras vitaminas e ainda sais minerais, fitoquímicos e outras substâncias nutracêuticas (que combatem as doenças) variadas e importantes. Essas substâncias agem em conjunto, sinergicamente, como anti oxidantes que atuam nos radicais livres, favorecendo o combate ao vírus do resfriado e da gripe e ainda potencializam a ação da vitamina C e de outras vitaminas. A vitamina C, apesar de ser um poderoso anti oxidante, não previne ou cura sozinha resfriados e gripes.
Então, para prevenir ou curar resfriados e gripes, prefira ingerir uma ou duas laranjas ao dia ou, por exemplo, sucos de laranja ou acerola frescos, do que 1g de vitamina C pura na sua forma medicamentosa, que é quase toda eliminada pelo organismo. Em seu livro o Dr. Póvoa nos dá um exemplo interessante, no caso do brócolis, de como as substâncias denominadas nutracêuticas nos protegem contra doenças: "temos no brócolis vitamina C, ácido fólico, cálcio e ferro. Mas há também o sulfarofano e o indol, que são substâncias que protegem contra o câncer". Então, dificilmente um remédio artificial será mais rico e saudável do que um alimento natural e isto obviamente se aplica à vitamina C isolada ou mesmo associada a um único mineral. Mil vezes o calor e o repouso para prevenir ou curar resfriados e gripes do que gramas de vitamina C artificial, além de sair muito mais barato. Existe hoje um consenso entre os cientistas de que as vitaminas e os sais minerais devem ser ingeridos através da alimentação, desde que a pessoa seja saudável, não tenha nenhuma carência e se alimente corretamente. Importante salientar também que os suplementos vitamínicos não são controlados da mesma forma que os medicamentos, nem nos EUA. As dosagens recomendadas são apenas estimadas e existem doenças graves, como a cirrose medicamentosa e outras que pode ser agravadas pelo excesso de vitaminas, fora o trabalho imposto ao organismo para eliminar os excessos. A- 1.9 As Injeções. Não se deve tomar nenhum medicamento injetável para gripes e resfriados, que estão até proibidos e nenhuma farmácia deveria aplicar injeções no caso de gripes e resfriados, mesmo que a garganta esteja irritada . Os analgésicos, antipiréticos ou antialérgicos tomados por via oral estão liberados, mas na dosagem correta e para melhorar o estado geral; estes funcionam como paliativos. Como vimos, os antibióticos não fazem nenhum efeito contra os vírus da gripe ou do resfriado e só devem ser tomados quando houver complicações bacterianas e a conselho médico.
Além disso, nos casos das complicações citadas, ao invés dos antibióticos você poderá utilizar, ao final da infecção e com a garganta já sadia, a técnica nº1 para o tratamento de eventuais sinusites ou otites bacterianas. A- 1.10 A transmissão dos resfriados e gripes. Resfriados e gripes são doenças de início repentino e são contagiosas, isto é, os vírus podem ser transmitidos de pessoa a pessoa através de gotículas de salivas ou perdigotos, aerossóis de espirros, por via aérea, pelas mãos ou por material infectado pelos vírus, como lenços, etc. Contatos muito íntimos como espirros e beijos na boca com as pessoas infectadas também facilitam a transmissão de vírus ou bactérias pela alta carga viral ou bacteriana veiculada, mas isso não significa que ficaremos irremediavelmente resfriados. Cobaias humanos já foram diretamente infectadas com novos vírus mutantes do resfriado e não contraíram a doença, o que reforça a teoria de que as mucosas íntegras são fundamentais para se evitar a infecção. Só para lembrar: as doenças virais da infância, também transmissíveis pelo ar, como o sarampo, caxumba, catapora e rubéola, são todas controláveis através de procedimentos de imunização – a vacinação preventiva.
B- INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS CAUSADAS PELAS BACTÉRIAS. (E como essas se relacionam com as quatro técnicas
alternativas): Consideramos aqui as principais complicações bacterianas relacionadas aos resfriados e à gripe: Na ordem: sinusite, bronquite, pneumonia, meningite, febre reumática, escarlatina, glomerulonefrite, amigdalite, faringite
e tuberculose. Estas doenças podem ser tratadas com antibióticos ou quimioterápicos, conquanto o tratamento
venha sempre acompanhado de uma orientação médica. Para a sua
prevenção aconselhamos as técnicas naturais de n° Consideramos ao final as alergias respiratórias, incluindo a rinite alérgica e a asma, Finalmente, incluímos um tópico especial sobre os antibióticos, fármacos em geral e a automedicação,
devido às conseqüências envolvidas. B- 1 Sinusite. É a mais comum das complicações do resfriado e geralmente ocorre ao final deste. A sinusite é uma inflamação das cavidades dos ossos da face (seios) que se comunicam com a cavidade nasal e provoca dor acima dos olhos e nos maxilares e que se agrava ao abaixar a cabeça, além de produzir catarro ou muco espesso e às vezes mau cheiro. É muito comum a sinusite ser confundida com uma rinite alérgica, porém a última não é provocada por microrganismos e não há, portanto, uma infecção, mas sim, apenas uma reação alérgica ao frio, ventos ou à umidade.
Falaremos das rinites e alergias mais adiante, ao final deste capítulo, porém tanto as rinites como as sinusites podem ser bem tratadas com a técnica nº1 da exposição da garganta ao sol, sem precisar o concurso dos antibióticos, que nem sempre conseguem atingir o alvo, além de poder produzir alguns efeitos colaterais. O tratamento pode também ser associado à medicação com os antibióticos, aumentando as chances de cura. De qualquer forma, obtivemos sempre ótimos resultados somente com a técnica nº1 aplicada às sinusites e rinites. B- 2 Otite. As otites (dor de ouvido) ocorrem geralmente no ouvido médio e logo após os resfriados devido à comunicação existente
entre a cavidade nasal e o ouvido. Isto se dá em decorrência do catarro residual do resfriado:
há dor e, por vezes, ruídos que incomodam. Nos dois casos e a garganta não estando
mais inflamada, aplica-se a técnica nº 1.
No caso dos bebês, deve-se tomar muito cuidado no banho para não deixar entrar água nos ouvidos. As crianças devem aprender desde cedo a tirar a água dos mesmos, após os banhos de piscina ou de mar: deita-se do lado do ouvido atingido pelo ruído da água, introduzindo o dedo indicador no ouvido e vibrando o mesmo lá dentro até aliviar. Geralmente este procedimento funciona. Em caso negativo, deve-se pingar mais tarde o remédio apropriado
que absorve a umidade e evita as infecções. Durante os resfriados deve-se tomar o cuidado de não assoar com força e constantemente o nariz, o
que favorece às sinusites e otites.
A sinusite verdadeira não deve ser confundida com a rinite alérgica que, apesar de poder apresentar o mesmo sintoma da dor, não tem catarro com pus ou muco espesso, por não ser provocada por bactérias, mas por agentes alérgenos tais como o frio, a poluição, ventos etc., havendo apenas um corrimento claro e líquido. B- 3 Bronquite e bronquiolite. É comum, após um resfriado e gripes, o aparecimento de uma inflamação nos brônquios, a bronquite, com o surgimento
de tosse que pode ser catarral ou seca. A tosse seca persistindo por mais tempo, pode
estar associada também a um fator alérgico, mas geralmente, é provocada por bactérias. Mais adiante tratamos especificamente das alergias respiratórias e da asma.
Em todos os casos de bronquites, sinusites, otites, e após um resfriado ou gripe, a técnica nº1
será sempre recomendada, desde que a garganta não esteja mais inflamada. Na maioria dos casos evita-se, assim, ter que tomar os antibióticos. A técnica n°1, além de abreviar a cura, apressa o desaparecimento dos sintomas bacterianos ou alérgicos.
Tem sido chamado de "bronquiolite" a inflamação dos brônquios que ocorre em crianças até os 3 anos e principalmente em bebês de 3 a 6 meses no tempo frio e mormente nos prematuros ou nos que não mamaram no peito. Os sintomas da bronquiolite são: inapetência, tosse intensa, febre baixa, vômitos (crianças), dor de ouvido (crianças), olhos vermelhos (conjuntivite), batimento das asas do nariz e cianose (cor azulada) no quadro respiratório grave. Os sintomas geralmente duram uma semana e a respiração tende a melhorar somente após o 3° dia. Esta doença é provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que pode ser do grupo parainfluenza, influenza ou o adenovírus e ataca o aparelho respiratório atingindo os brônquios e os alvéolos pulmonares, podendo provocar um comprometimento respiratório grave que pode levar à internação, pela gravidade do quadro. Nos adultos, a infecção é geralmente leve, assemelhando-se a uma gripe ou um forte resfriado e a contaminação da doença se dá sempre através do ar ou de mãos ou objetos contaminados. Esta doença ocorre quase que exclusivamente no inverno ou na entrada de frentes frias, no outono, caracterizando-se em mais uma doença do frio e as técnicas n° 2 e 3 da fricção e da reversão são altamente recomendadas, já que não existe um tratamento com medicação. Normalmente se dá apenas a imunoglobulina anti-VSR para ajudar o próprio organismo a combater o vírus. Por essa e por outras, recomenda-se sempre a amamentação dos bebês, quando os anticorpos da mãe são passados para o filho, aumentando assim a imunização natural num período em que o sistema imunológico das crianças ainda está imaturo. B- 4 Pneumonia ou Pneumonia pneumocócica (considerações gerais): São as complicações mais graves e comuns dos resfriados e das gripes e ainda, de bronquites, asmas, coqueluches ou após uma doença grave qualquer, como o sarampo. Trata-se de uma doença aguda e repentina, como o resfriado, sendo mais comum em crianças e em idosos acima de 65 anos.
Provavelmente os mecanismos de implantação dos pneumococos nos pulmões sejam semelhantes aos que ocorrem nas mucosas nasal e faríngea, a partir de estragos produzidos pelos vírus. Assim sendo, o calor também é fundamental para preveni-la e as nossas técnicas naturais nº 2 e 3 podem ser utilizadas com sucesso. Já existem vacinas grátis para os idosos, mas não muito eficientes, sendo ainda o calor o nosso maior aliado. B- 4.1 Sintomas da Pneumonia. Febre alta, acompanhada de calafrios e tremores (pode não haver febre principalmente nos adultos), dor no tórax, falta
de ar, tosse, muco amarelo esverdeado, catarro sanguinolento e respiração rápida e superficial, às vezes com chiado. Atenção: uma criança estando prostrada, com respiração rápida e pouco profunda (mais de 50 por minuto), provavelmente está com pneumonia, mesmo que no momento não haja febre. Chame um médico imediatamente e vá aplicando as técnicas nº 2 e 3. Se não houver médico
na região, vá a uma farmácia e dê o antibiótico específico, de preferência por via oral para não dar reação. Dados recentes da OMS indicam que a pneumonia é a infecção que mais mata crianças nos países subdesenvolvidos, e a desnutrição, a falta de cuidados e de higiene são os maiores responsáveis. As quatro doenças que mais matam crianças de até cinco anos no mundo todo são: pneumonia, 19%; diarréias, 17%; malária 8% e septicemia (infecção generalizada), 10%; o que perfaz 54% das mortes, o restante ficando com os partos prematuros e asfixia no nascimento, o que nos dá um total de 73% dos 10 milhões de óbitos de crianças a cada ano no mundo.
A pneumonia é também a principal causa de morte durante as epidemias ou pandemias de gripe em todo mundo. Nas epidemias de gripe, apenas 1/3 dos óbitos devem-se propriamente ao vírus, o restante é devido às complicações
bacterianas, como a pneumonia. Portanto, estando um adulto com gripe e febre alta por mais de 72 horas, desconfie também de pneumonia; procure um
médico e aplique logo as técnicas 2 e 3, pois quanto mais rápido for diagnosticada a doença, mais chances de salvar o paciente
com a antibioticoterapia.
Em todos os casos de resfriados e gripes, os cuidados com a conservação do calor corporal, principalmente nas crianças e à noite, enquanto dormem, são fundamentais para prevenir as complicações bacterianas que causam pneumonia e outras doenças respiratórias. Recomendamos, então, as técnicas n° 2 e 3 que serão sempre muito eficazes e estarão sempre ao alcance de todos. Principalmente nas cidades cuja altitude é elevada, a temperatura à noite pode cair muito. Bebês e crianças perdem calor mais rápido do que adultos e se não estiverem bem agasalhados e bem nutridos podem desenvolver a doença. Portanto, para estas recomendamos sempre a fricção no peito no caso de tosse e a reversão quando necessária, mantendo sempre o calor do corpo durante a noite. Já nas regiões litorâneas devemos ficar atentos às frentes frias com vento úmido do mar, que também podem também abrir as portas para a meningite. B- 5 Meningite (considerações gerais): Depois da pneumonia, a meningite é a mais grave complicação de resfriados e gripes. É a doença mais traiçoeira em nosso meio e acomete principalmente crianças e jovens já resfriados ou gripados. A bactéria, o meningococo, na maioria das vezes, se aproveita de um forte resfriado para penetrar a mucosa, geralmente no clima frio, na entrada de frentes frias e nas mudanças climáticas bruscas. A infecção pode ser causada também por vírus, protozoários ou fungos, mas a forma bacteriana, a meningite meningocócica, é a mais comum e geralmente a que produz as epidemias de meningite.
Não se sabe ainda exatamente como e porque a bactéria, que normalmente se encontra em 5% da população, consegue repentinamente transpor a barreira das mucosas e invadir as meninges. Achamos muito provável que a meningite bacteriana seja também favorecida pela ação dos vírus que provocam a infecção inicial, um resfriado ou uma gripe, pois geralmente ela acompanha estes. B- 5.1 Sintomas da meningite Geralmente há um forte resfriado com excessiva secreção nasal,
febre, vômitos fortes, rigidez ou dor na nuca e nas costas; cefaléia forte (dor de cabeça), alterações na pele com petéqueas,
(manchas vermelhas ou roxas e erupções) geralmente na região do peito ou nas pernas e tornozelos. Finalmente, falta
de apetite, falta de ar, apatia, sudorese intensa, alterações da consciência, convulsões e coma. Aos primeiros sintomas, procure imediatamente um médico ou um hospital. Mantenha
o corpo do paciente aquecido, aplicando as técnicas nº 2 e 3. Não havendo médico, vá a uma farmácia e ministre o
antibiótico específico e mantenha o paciente aquecido. O antibiótico é a penicilina.
A taxa de portadores assintomáticos do meningococo na mucosa da garganta pode chegar a 30 % na população sadia, disseminando, assim, a doença principalmente entre as crianças, o segmento mais atingido da população. Existem vacinas preventivas específicas, mas não para todos os tipos sorológicos do meningococo e a nossa técnica nº 1 da exposição da garganta ao sol sempre poderá ajudar a prevenir a doença nos casos de surtos epidêmicos, atuando sem especificidade em quaisquer tipos bacterianos, pois o meningococo na garganta é sensível ao calor e à radiação. Porém, uma vez que a bactéria consiga romper a barreira das mucosas e se instalar no organismo, passando às meninges
e produzindo a doença, o único recurso que restará são os antibióticos e/ou quimioterápicos.
Além do meningococo, temos a bactéria Haemophilus influenzae, que causa a maioria das complicações bacterianas das vias aéreas superiores pós resfriados e gripes, como: sinusites, otites, faringites, traqueites e laringites e também pode causar a meningite e, em caso de surtos epidêmicos, poderá ser prevenida com antibióticos e/ou com a técnica natural n°1.
A melhor prevenção é então procurar evitar os resfriados, gripes e as infecções na garganta, aplicando-se as quatro técnicas de acordo com o proposto. Entretanto, ocorrendo um aumento no número de casos de meningite bacteriana em comunidades, escolas, quartéis, hospitais ou qualquer outro aglomerado populacional, a técnica nº1, da exposição do sol na garganta, poderá ser aplicada preventivamente como uma opção aos antibióticos ou conjuntamente, pois que existem pessoas alérgicas aos antibióticos, sem mencionar seus efeitos colaterais. B-6 Febre reumática, escarlatina e glomerulonefrite (considerações gerais): A febre reumática ou reumatismo infeccioso, a escarlatina e a glomerulonefrite são infecções das
vias aéreas provocadas pela bactéria Streptococus pyogenes. Da
mesma forma que em outras infecções já vistas, o microrganismo causador se localiza na garganta e eventualmente
pode invadir o organismo a partir de desequilíbrios na mucosa provocando inicialmente a chamada faringite
estreptocócica. B- 6.1 Sintomas da febre reumática. Dor de garganta e febre muito alta. A dor de garganta pode durar uma semana ou mais e a febre pode ser em torno de 40º C. Nos casos não tratados, após a fase inicial, advém a fase crônica da doença e a bactéria recrudesce. Isso ocorre duas ou três semanas após a infecção primária, provocando surtos febris vespertinos, calafrios, inflamação
nas articulações e nos músculos involuntários, nódulos sob a pele e, finalmente, degeneração das válvulas cardíacas, caracterizando
a febre reumática ou reumatismo infeccioso. Os portadores assintomáticos podem chegar a 20%. As infecções também incidem mais no clima frio e a mais comum
em nosso meio é a febre reumática, que pode ser prevenida com a técnica n° 1. Se a bactéria não for bem combatida, pode migrar da garganta e se localizar em outras regiões do corpo, produzindo
uma toxina que provoca, principalmente nas crianças entre 3 e 10 anos, uma reação de hipersensibilidade de seu sistema imunológico
à toxina bacteriana citada.
No caso da febre reumática, a bactéria inflama as articulações e as válvulas do coração, o que pode depois obrigar
o paciente a sofrer cirurgias corretivas. Pode também provocar sinusites, otites, infecção nos pulmões e nas articulações
e ainda atacar os rins provocando a glomerulonefrite.
Um médico deve ser procurado para dar orientação e para aplicar o antibiótico específico. Acreditamos que, no caso dos surtos, a infecção possa ser prevenida com a técnica n° 1, mas como no caso da meningite, são necessários ainda estudos complementares para confirmação. Nos EUA, ocorrem pelo menos 250 mil casos de faringite estreptocócica ou escarlatina por ano, o que pode provocar a febre reumática. Nos países subdesenvolvidos estima-se que a doença seja responsável por 25% a 50% de todas as afecções cardiovasculares,
ocorrendo sempre nos mais jovens e onerando o sistema de saúde pública.
Resumindo: a febre reumática, a escarlatina e a glomerulonefrite são doenças provocadas pelo mesmo microrganismo o Streptococus pyogenes. As três começam com uma infecção, amigdalite ou faringite, que se caracteriza pela garganta inflamada (avermelhada), ocorrendo também um edema ou intumescimento das amígdalas. Se houver ainda um “exantema” ou avermelhado da pele que acompanha a faringite, a doença é a escarlatina
e se na segunda fase há sangue na urina, está caracterizada a glomerulonefrite dos rins. As três podem ser prevenidas com
a técnica n° 1. . B- 7 Amigdalites e faringites (dor de garganta): São infecções das amígdalas ou da garganta provocadas por vários tipos de bactérias e não pelos vírus. Diferentemente de gripes e resfriados, que são causadas por vírus, estas podem ser tratadas com antibióticos. A grande maioria das faringites (90%) são provocadas pelo Streptococus pyogenes. B- 7.1 Sintomas das faringites
ou amigdalites bacterianas Geralmente provocam febre muito alta (
As infecções da garganta são muito comuns na infância e geralmente são causadas pelo vírus de um resfriado ou de uma gripe. Neste caso teremos, além da alteração febril, sintomas tais como: congestionamento nasal, catarro etc. Os antibióticos só devem ser aplicados caso ocorram complicações bacterianas. Nas amigdalites a bactéria é geralmente o Streptococus pyogenes beta hemolítico. Após o surto inicial da doença ela pode
provocar a febre reumática em 3% dos casos não tratados. Os fatores climáticos e ambientais também influem decisivamente nessas
infecções: o frio, o vento e a umidade são fatores predisponentes, sendo o calor do corpo e o equilíbrio
eletrônico das mucosas fundamentais para a prevenção e o tratamento.
Nas amigdalites, faringites ou traqueites já instaladas as melhores atitudes são: evitar falar muito e em clima frio manter o corpo aquecido através das técnicas 2 e 3, procurando logo um especialista em caso de febre alta (sem os sintomas de resfriado ou gripe). Novamente, técnica nº1 da aplicação do sol na garganta não deve ser aplicada com a mesma
inflamada, mas sim com a garganta saudável. B- 8 Tuberculose (considerações
gerais): É uma doença lenta e progressiva e que geralmente se estabelece no organismo antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Ocorre nos pulmões, mas pode ocorrer em outros órgãos, sendo que o ser humano é o reservatório quase que exclusivo da bactéria Micobacterium tuberculosis ou “Bacilo de Koch” na natureza. B- 8.1 Sintomas da tuberculose. Tosse crônica persistente e com catarro, principalmente ao acordar, febre vespertina, perda de apetite e de peso, fadiga, mal estar geral e suores noturnos, dores vagas no tórax. Nos casos mais graves há eliminação de sangue pela tosse, a pele fica pálida e pode até haver rouquidão. A tuberculose é transmitida pelo ar ou através de objetos contaminados, como lenços infectados ou copos, xícaras
e talheres mal lavados. Além do Micobacterium tuberculosis há o
Micobacterium bovis, que é um patógeno do gado, mas que também é transmitido
ao homem através do consumo do leite “in natura”, não pasteurizado ou não fervido. Existem, atualmente, Em alguns países subdesenvolvidos, a tuberculose ainda é a principal causa de óbitos, agravada agora pela grande incidência
da Aids. Recentemente, constatou-se que a tuberculose voltou a ficar fora de controle na África, cujos casos têm aumentado num percentual de 4% ao ano e isso se deve principalmente à infecção combinada ao vírus da Aids. De acordo com a OMS, em 2003, 1,7 milhões de pessoas morreram da doença no mundo
todo e o Brasil está incluído na lista dos países mais afetados. Existem ainda focos preocupantes da doença em prisões
e hospitais onde cepas bacterianas mais resistentes podem se desenvolver. A bactéria da tuberculose se aloja nos alvéolos pulmonares e evolui lentamente. Após um mês, a sua presença já
pode ser evidenciada pelo teste da tuberculina (P.P.D.). Se o teste der positivo em 48 horas, significa que a pessoa já foi
infectada pela bactéria, mas isso não quer dizer que já esteja ou que vá ficar doente, mas sim, que entrou em contato
com o microrganismo. A infecção primária pode passar despercebida até que um exame radiológico diagnostique a doença. Só com a evolução
desta aparecem os sintomas já descritos, mas nas crianças a positividade ao teste já é sinal de alerta, pois a incidência
da doença é maior nelas e nos adultos jovens. É necessário tratamento médico, pois o bacilo forma tubérculos encapsulados nos alvéolos pulmonares e se um vaso sanguíneo se rompe, este pode invadir a corrente sanguínea sendo transportado para todo o corpo, formando tubérculos em outros locais. A morte sobrevém quando há danos suficientes nos pulmões ou em outros órgãos vitais do organismo. Existem muitas reincidências da doença devido às dificuldades do tratamento, que dura mais de um ano e é feito
com agentes antimicrobianos. Antes do advento dos antibióticos ou de quimioterápicos específicos, o tratamento da doença consistia em manter o paciente em clínicas especializadas (sanatórios), geralmente situados em locais altos e de clima seco e saudável e a Suíça era o país que oferecia as melhores condições. No Brasil havia também ótimos locais, mas um dos segredos do tratamento era a helioterapia, ou seja, a exposição do paciente à ação benéfica do sol. Com o surgimento dos antibióticos, essa prática quase desapareceu, entretanto recomendamos a
radiação solar preventiva através da técnica nº 1 da exposição da garganta ao sol. B-9 Difteria. A difteria é causada pelo bacilo diftérico ou Corinaebacterium difteriae, que é uma bactéria que também se localiza na faringe e produz uma toxina que necrosa os tecidos, além de fabricar uma falsa membrana que, num estágio avançado da doença, pode vir a bloquear a traquéia, sufocando a vítima. A exotoxina circula no sangue, atacando os rins, o sistema nervoso e o coração e a doença é típica de climas mais temperados ou frios, cuja taxa de portadores assintomáticos é de 5% a 10% nas áreas endêmicas. Porém, esta doença, que já foi muito comum nos EUA e na Europa, quase não mais ocorre devido aos antibióticos e à vacinoterapia. No Brasil, a doença é muito rara e da mesma forma que as doenças bacterianas da nasofaringe,
poderá em casos isolados ou em surtos epidêmicos, ser prevenida com a aplicação da técnica nº
1 da radiação solar na garganta. B-10 Doenças causadas por fungos. Observação: por serem doenças relativamente raras, incluímos as doenças respiratórias causadas pelos fungos no capítulo das doenças bacterianas e fizemos apenas uma rápida abordagem sobre o assunto.
Várias infecções das vias aéreas inferiores (pulmões) são causadas pelos fungos transmitidos pelo ar, que são encontrados no solo ou na vegetação morta. Os esporos (formas resistentes) ou fragmentos de hifas são inalados ou podem ainda entrar no corpo
por intermédio de um ferimento ou de uma lesão na pele, podendo causar infecção nos pulmões. Eventualmente, se
espalham pelo corpo e produzem uma infecção generalizada que normalmente é muito perigosa. Felizmente, possuímos boa resistência contra os fungos, a não ser quando estamos debilitados por alguma doença como a AIDS, tuberculose, câncer, diabete e leucemia. Como esses fungos se localizam geralmente nos pulmões, fica difícil sua prevenção com as nossas técnicas, porém podemos, no caso da inalação das hifas, que são menos resistentes do que os esporos, utilizar a técnica n° 1 preventivamente, enquanto estas ainda estiverem localizadas na mucosa da garganta. As doenças causadas por fungos mais comuns são: Histoplasmose, Blastomicose, Criptococose
e as Coccidioidomicoses.
C - DOENÇAS RESPIRATÓRIAS TRANSMITIDAS PELO AR E QUE NÃO SÃO CAUSADAS POR MICROORGANISMOS - ALERGIAS RESPIRATÓRIAS.
Alergias respiratórias, rinite, asma e bronquite asmática: considerações gerais e suas relações com as nossas técnicas naturais.
O sol é o maior antialérgico que existe e nenhum ácaro resiste a ele. As pessoas mais alérgicas devem sempre que possível colocar lençóis e fronhas ao sol ou pelo menos deixar que a radiação
solar penetre no quarto. Os ácaros sobrevivem captando água da atmosfera e quanto mais escuro e úmido for o ambiente melhor para eles. Sol e tempo seco são melhores que qualquer aparelho para eliminá-los e a técnica n°1 é especial para isso, pois descongestiona
as vias respiratórias, aumentado a ventilação nas vias aéreas superiores, além de aquecer e equilibrar o trato respiratório. Como vimos, os cômodos devem ser mantidos fechados somente no tempo chuvoso ou úmido, e durante o tempo seco e ensolarado deve-se arejar bem o quarto durante o dia, principalmente durante o inverno, procurando deixar a roupa de cama exposta ao sol da manhã. Durante a noite, a pessoa deve sempre se proteger do frio e da umidade excessivos. Na rinite alérgica não há infecção por microrganismos; e há somente desconforto pelo corrimento nasal, coceira e espirros. Evite coçar ou espremer o nariz, o que provoca maior reação alérgica. A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e ocorre em quatro entre dez pessoas, adultos e crianças. As causas são variadas: frio e umidade excessivos, poeira, poluição, produtos químicos irritantes, pólen de plantas e alimentos. Existe ainda a rinite medicamentosa, pois as pessoas costumam usar medicamentos nasais em excesso. Os sintomas da rinite são: prurido ou coceira nasal, obstruçao nasal (nariz entupido) corrimento nasal (coriza), espirros, olhos lacrimejantes, olfato prejudicado e dores de cabeça. O ar condicionado também pode provocar reações alérgicas em pessoas sensíveis, mas raramente produz infecções, a não ser por fungos e quando os filtros se encontram empoeirados. Normalmente somos bastante resistentes aos fungos. Qualquer ventilação direta (como por ventiladores) também pode desequilibrar eletricamente o
corpo e as mucosas e os ventos muito frios podem desencadear uma rinite ou sinusite, além de problemas nos nervos faciais.
A principal medida a ser tomada é afastar-se ou proteger-se dos fatores desencadeantes das alergias e dos desequilíbrio
elétricos do corpo: poeiras, ácaros, ventilação direta, poluição, frio, frentes frias, umidade, ventos e correntezas.
No caso, as técnicas naturais de
Existe uma ciência nascente que associa os fatores climáticos às dores articulares, reumatismos, dores de cicatrizes
ou cirúrgicas. Cada vez mais se relaciona o clima às doenças infecciosas, alérgicas e às dores
reumáticas e articulares, que parecem ter um ponto em comum, além das suas causas intrínsecas - o fator ambiental.
Nas bronquites alérgicas, além de todas as causas citadas, temos o cigarro como o grande fator desencadeante. A asma tem um componente genético ou congênito, mas pode ser sempre agravada ou desencadeada pelo frio, fumaça, poluição, poeiras, ácaros, pêlos de animais domésticos e até pelo ar mais frio e rarefeito, ou mesmo por fortes emoções.
Há relatos de casos fatais com excursionistas asmáticos. Estes devem se proteger bem antes de
se aventurarem pelas montanhas. Nesses casos, as técnicas naturais de
Os distúrbios elétricos favorecem a ação dos agentes alérgicos, desequilibrando a membrana mucosa das vias aéreas. As moléculas dos agentes irritantes (alérgenos), ligam-se mais facilmente às moléculas do tecido epitelial mucoso em condições climáticas favoráveis. As infecções das vias aéreas, resfriados e gripes, mais comuns no frio, predispõem também às alergia e aos ataques de asma devido à irritação do aparelho respiratório e ao congestionamento, principalmente em crianças. Logo, todas as atitudes que previnem as infecções são indicadas para se evitar as crises de asma.
A asma: Existem cerca de 20 milhões de asmáticos, só no Brasil, quer dizer, 10% da população e as crianças representam 25% do total e que são obrigados a controlar a doença, fazendo uso de medicamentos corticóides orais e esteróides inalantes, que com o tempo podem se tornar perigosos. A asma é responsável por 23 % das faltas escolares a cada ano.
O sintomas da asma são: tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito e os principais fatores que provocam as crises são: mudanças bruscas de temperatura, frio, poeira doméstica, cigarro e poluição atmosférica. A doença não tem cura e deve ser controlada
As técnicas da Fricção, da Exposição da Garganta ao Sol, e da Reversão devem ser usadas preventivamente e certamente poderão fazer diminuir o número de óbitos que ocorrem anualmente (cerca de 180 mil no mundo todo e 2 mil só no Brasil), além de restringir a utilização dos fármacos e das inalações e seus efeitos colaterais.
O mundo dos micróbios. Convivemos em equilíbrio com as bactérias, vírus e outros microrganismos. Só no intestino carregamos cerca de 50 trilhões de bactérias, a grande maioria útil e fundamental à nossa saúde, sendo que, no corpo de um homem adulto existe até 100 trilhões de bactérias de, pelo menos, mil espécies diferentes. Além disso, entramos constantemente em contato com milhares de outros micróbios através do ar, da poeira e dos objetos. Na verdade, não devemos nos preocupar exageradamente com o asseio, com práticas de limpeza excessivas, como veiculam os meios de comunicação, a não ser naqueles ambientes ou situações específicas, que exijam esses procedimentos. Há quem diga hoje que, nós mamíferos, existimos e evoluimos apenas para albergar esses microrganismos Nos primórdios da vida, as bactérias abriram os caminhos metabólicos para que, muito tempo depois, pudéssemos sobreviver bem adaptados aos ecossistemas, e os vírus vieram como resultado dessas interações. Bactérias muito primitivas aprenderam a fixar o nitrogênio do ar um bilhão de anos antes que o oxigênio livre pudesse ser produzido à partir da fotossíntese das cianobactérias e permitisse a plena evolução dos seres mais complexos; foi assim que a vida começou na Terra a partir dos microrganismos.
Devemos, pois, saber viver com sabedoria e em equilíbrio com esses microrganismos, sem evitá-los de um modo exagerado e sabendo que, mais do que tentar combatê-los dentro do nosso organismo, é preciso aprender a preveni-los e a conviver em harmonia com eles mantendo-os fora do nosso corpo e utilizando menos os antibióticos, que produzem efeitos colaterais e induzem à resistência bacteriana. A própria evolução dos seres vivos está
sendo vista hoje, menos como uma competição e mais como uma cooperação entre as variadas espécies e o nosso organismo
como uma verdadeira simbiose entre células e bactérias. Como bem diz a neurocientista Candace Pert: "as células brancas do sangue (sistema imunológico) são
como pedacinhos do cérebro flutuando pelo corpo".
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